Apesar da retomada do comércio e reaquecimento do mercado de trabalho, o país registrou 65,2 milhões de brasileiros inadimplentes no mês de fevereiro deste ano. Esse nível não era alcançado desde o começo da pandemia, em março de 2020.
Segundo levantamento feito pela Serasa e divulgado nesta terça-feira (5), os mais de 65 milhões de inadimplentes têm juntos R$ 263,4 bilhões em dívidas já negativadas para acertar.
Considerando apenas o segundo mês do ano, a quantidade de pessoas na inadimplência subiu 0,54% e cada consumidor deve, em média, R$ 4.042,08.
Cada número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) tinha em média, no período avaliado, 3,4 dívidas ativas.
Analisando o perfil dos devedores, os homens representam 50,2% desse número e as mulheres 49,8%. A maioria dos inadimplentes têm entre 26 e 40 anos, seguido pela faixa de 41 a 60 anos.
A quantidade de consumidores com dívidas negativas estava em queda no país desde abril de 2021, mas retomou o crescimento em outubro do mesmo ano.
Segundo o Serasa, as recentes altas nos juros, que encarecem o crédito, e o nível de desocupação ainda em alta, são as principais causas para a elevação do índice.
Outro fator que impacta no endividamento é a queda da renda média do trabalhador, que acaba conseguindo acertar menos dívidas do que contraiu.
O primeiro lugar, entre os vilões dos inadimplentes, está o cartão de crédito, em 28,6% dos casos, seguido pelas dívidas com gastos domésticos, de 23,2%. Por último são as despesas com comércio varejista, totalizando 12,5%.
